quarta-feira, 18 de junho de 2025

Resultados Estratégicos Passam pela Gestão de Stakeholders: No grande espetáculo corporativo, o desafio é descobrir rapidamente quem é quem

Um dos maiores desafios para que o Planejamento Estratégico se converta em resultados concretos está no seu desdobramento em iniciativas e projetos, mas também na capacidade da liderança em compreender e gerenciar os atores envolvidos — os chamados stakeholders.

Muitas vezes negligenciado, o mapeamento de stakeholders é uma etapa decisiva para o sucesso ao longo desta jornada. Entender com profundidade quem são as pessoas impactadas direta ou indiretamente, seus interesses, expectativas e níveis de influência, pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma estratégia bem elaborada.


Mais do que isso: saber com quem se pode contar e identificar rapidamente os que podem atuar contra o movimento estratégico, mesmo que de forma sutil ou velada, é uma competência que precisa ser desenvolvida por quem está na liderança da transformação.

Nem toda resistência é explícita. Muitos aproveitam mudanças organizacionais como oportunidade para escalar posições, ampliar poder e defender interesses pessoais. E isso pode ocorrer de forma disfarçada de colaboração. Se não houver atenção a isso, o risco é grande: bloqueios, entraves, desgaste de energia e atrasos comprometem o todo.

Como aponta John Kotter, referência em liderança e mudança organizacional:

"Subestimar a resistência à mudança é um dos maiores erros que as organizações cometem em processos de transformação."

A resistência pode estar no discurso que parece apoiar, mas que age para minar silenciosamente. Por isso, comunicação clara, envolvimento genuíno e gestão ativa de stakeholders são elementos indispensáveis. E aqui entra também a cultura organizacional.

Edgar Schein, um dos maiores estudiosos do tema, nos lembra que:

“A cultura organizacional é um padrão de pressupostos básicos compartilhados, aprendidos por um grupo, à medida que resolve seus problemas de adaptação externa e integração interna.”

Ignorar a cultura é o mesmo que ignorar o terreno onde a estratégia será implantada. O descompasso entre a lógica estratégica e os valores enraizados pode ser fatal.

Por isso, não basta ter um bom planejamento — é preciso preparar o solo cultural e relacional para que ele floresça. Uma mudança real exige o equilíbrio entre técnica e sensibilidade, entre análise racional e escuta estratégica.

A liderança que entende isso se antecipa aos conflitos, atua com inteligência política e mobiliza aliados verdadeiros. É nessa postura que nasce o verdadeiro engajamento coletivo, condição essencial para gerar impacto e transformar estratégias em resultados.

E aqui, vale uma reflexão fina, usando uma metáfora entre a Gestão de Stakeholders e um Espetáculo Teatral: Em meio aos holofotes da transformação, nem sempre é fácil identificar quem está de fato comprometido com a obra — e quem apenas interpreta bem um papel.

Quanto maior a ignorância ou a habilidade dos atores em seduzir a plateia e torná-la cúmplice, mais tempo o show (ou a farsa...) se sustenta. Mas por melhor que sejam os artistas, as máscaras pesam, e chega o momento em que se tornam insustentáveis.

É quando o público, finalmente, enxerga a verdadeira face por trás da atuação. O problema é que, nesse ponto, os danos já podem ser irreversíveis, comprometendo os resultados estratégicos.

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Fernando Paes Nascimento
Planejamento Estratégico | Gestão de Projetos | Liderança para a Mudança | Organização e Melhoria de Processos | Consultoria

Junho de 2025

sexta-feira, 6 de junho de 2025

Planejamento Estratégico e a Importância de Saber Implementá-lo para Estabelecer um Processo de Governança Corporativa

Muitas organizações — sejam pequenas, médias ou grandes — já ouviram falar sobre Planejamento Estratégico e Governança Corporativa. Porém, poucas compreendem que esses conceitos estão profundamente conectados e que, quando bem implementados, podem transformar a forma como a empresa é gerida, tomada de decisões e entrega de resultados.



Planejamento Estratégico: Mais do que um Documento

O Planejamento Estratégico é o processo estruturado de definir onde a empresa quer chegar, como vai chegar lá e quais recursos e iniciativas serão necessários. Mas ele não deve ser apenas uma apresentação bonita ou um quadro pendurado na parede.

O verdadeiro valor do planejamento está em saber como implementá-lo. Isso envolve:

  • Desdobrar os objetivos estratégicos em metas claras e mensuráveis;

  • Estruturar projetos e ações que sustentem essas metas;

  • Definir indicadores de desempenho (KPIs) e sistemas de acompanhamento;

  • Engajar pessoas e lideranças na execução das prioridades.

Sem essa estrutura, o planejamento estratégico vira apenas um exercício teórico, sem impacto prático.


Governança Corporativa: Um Reflexo da Boa Gestão Estratégica

A Governança Corporativa, por sua vez, refere-se ao conjunto de práticas que orientam, monitoram e controlam a gestão de uma empresa. Para que ela funcione, é necessário que haja:

  • Clareza de papéis e responsabilidades;

  • Tomada de decisão baseada em dados e critérios estratégicos;

  • Transparência na comunicação e prestação de contas;

  • Mecanismos de controle e avaliação.

E tudo isso depende de um planejamento bem estruturado. Sem planejamento, não há governança consistente.

O Elo entre os Dois Mundos

Quando o Planejamento Estratégico é bem implementado, ele se torna a base da Governança Corporativa, pois:

  • Define a visão de longo prazo e os caminhos possíveis;

  • Garante que os projetos estejam alinhados às prioridades do negócio;

  • Permite ao conselho ou às lideranças acompanhar o progresso com objetividade;

  • Apoia a cultura de responsabilidade, foco e resultado.

Ou seja, não basta fazer um plano: é preciso integrá-lo à rotina da organização com disciplina e clareza, para que ele sustente um modelo de governança eficiente.

Aplicável a Qualquer Tamanho de Empresa

Engana-se quem pensa que esses conceitos são exclusivos de grandes corporações. Uma pequena empresa que organiza suas decisões com base em metas claras, com papéis definidos e processos transparentes, já está aplicando práticas de governança.

O mesmo vale para empresas médias, que muitas vezes enfrentam o desafio de crescer sem perder o controle, e que precisam profissionalizar sua gestão. E, claro, nas grandes empresas, o desafio é manter a coerência e a transparência em todos os níveis.

Implementar o Planejamento Estratégico com competência é o primeiro passo para estabelecer uma Governança Corporativa sólida. E isso independe do porte da organização. O que conta é a maturidade da gestão, o comprometimento da liderança e a capacidade de transformar planos em ações e ações em resultados.

"...Governança não se impõe: se constrói. E tudo começa com um bom plano — e a coragem de colocá-lo em prática..."

Precisa de apoio com o tema? A NBusiness pode ajudar você e sua empresa a estruturar todo o processo. Conheça nosso trabalho de Consultoria Estratégica www.nbusiness.com.br

Fernando Paes

Junho de 2025

Inteligência Artificial e Machine Learning aplicada ao WMS e TMS

Sempre admirei a Evolução Tecnológica, especialmente tendo vivenciado, desde a década de 80, as grandes "ondas" neste sentido. Tive a oportunidade de Conduzir, como parte das estratégia de expansão planejada, a Implantação de um WMS e TMS, com Inteligência Artificial e Machine Learning, não apenas transformando o processo Logístico, mas também trazendo mais visibilidade para a Governança Corporativa. Na ocasião, um grande time foi mobilizado e houve um grande engajamento para o sucesso do projeto.



segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

A Revolução da Indústria 5.0: O Futuro da Colaboração entre Humanos e Tecnologia

 A transformação industrial segue avançando de forma acelerada, impulsionada por constantes revoluções tecnológicas. Nesse contexto, a Indústria 5.0 surge como um salto significativo, trazendo uma abordagem inovadora na era digital.

Novos paradigmas produtivos estão redefinindo como empresas operam, exigindo adaptações profundas de colaboradores, líderes e empresários.

Para prosperar em um mercado competitivo, as organizações precisam não apenas acompanhar, mas também antecipar tendências que impulsionem a produtividade, eficiência e qualidade de seus produtos.

Neste artigo, vamos explorar o conceito da Indústria 5.0, destacando suas características principais e ilustrando seu impacto por meio de exemplos concretos. Acompanhe para entender como essa nova era está moldando o futuro do trabalho e dos negócios.


O que é Indústria 5.0?

A Indústria 5.0 representa uma transformação única ao redefinir a interação entre pessoas e tecnologia, promovendo colaboração em vez de competição.

Esta era vai além das revoluções anteriores ao integrar de forma inovadora o elemento humano ao avanço tecnológico, colocando as pessoas no centro das operações.

Enquanto a automação e a tecnologia continuam a aprimorar a eficiência e a flexibilidade nos processos, a Indústria 5.0 se diferencia ao priorizar a interação humana nos ambientes de trabalho.

Novas funções e papéis, que utilizam habilidades críticas e cognitivas, emergem em vários setores, reforçando o protagonismo humano.

Essa abordagem expande os avanços da Indústria 4.0 ao incorporar aspectos que vão além da tecnologia, incluindo:

  • Qualidade de vida: Assegurando que inovações tecnológicas melhorem o bem-estar dos trabalhadores.
  • Inclusão: Garantindo que todos os membros da equipe, independentemente de suas competências técnicas, possam contribuir para soluções inovadoras.
  • Sustentabilidade: Promovendo práticas que respeitem o meio ambiente e reduzam o impacto ambiental.

Em resumo, a Indústria 5.0 harmoniza as capacidades humanas e a precisão tecnológica, criando um futuro mais inclusivo e colaborativo para o setor industrial.


As Etapas da Evolução Industrial

A evolução da indústria é marcada por avanços significativos na tecnologia e na forma como interagimos com ela. A Indústria 5.0, nesse sentido, reinventa essa relação, como mostram as etapas a seguir:

Indústria 1.0: Revolução Industrial

No final do século XVIII, a descoberta do carvão como fonte de energia impulsionou a automação com a introdução da máquina a vapor e da locomotiva, transformando os métodos de produção da época.

Indústria 2.0: Eletrificação e Produção em Massa

A partir de 1870, a energia elétrica e o motor a combustão permitiram avanços como a produção em larga escala. Henry Ford e suas linhas de montagem são exemplos emblemáticos dessa era.

Indústria 3.0: Revolução Técnico-Científica

Com o advento da informática, robótica e biotecnologia, a produção tornou-se flexível e personalizada, iniciando a era da globalização.

Indústria 4.0: Automação e Conectividade

A quarta revolução trouxe a integração de tecnologias como inteligência artificial (IA), Internet das Coisas (IoT) e Big Data, automatizando processos e otimizando operações.

Indústria 5.0: Sinergia Humano-Tecnológica

Como uma evolução natural da Indústria 4.0, a Indústria 5.0 enfatiza a colaboração entre humanos e máquinas, destacando a personalização, inclusão e sustentabilidade como pilares centrais.


Diferenças entre Indústria 4.0 e 5.0

A transição da Indústria 4.0 para a 5.0 marca uma mudança fundamental no paradigma industrial. Confira as diferenças principais:

  • Colaboração: A 4.0 foca na automação; a 5.0 aposta na sinergia entre humanos e tecnologia.
  • Habilidades Humanas: Na 5.0, o papel humano é valorizado, integrando criatividade e pensamento crítico aos processos produtivos.
  • Personalização: A 5.0 permite produção customizada em grande escala, indo além da produção em massa da 4.0.
  • Humanização da Tecnologia: Ambientes de trabalho mais inclusivos e centrados no bem-estar humano são uma marca da Indústria 5.0.

Impacto da Indústria 5.0

A chegada da Indústria 5.0 está transformando o setor industrial de várias maneiras:

  • Eficiência Operacional: A integração entre humanos e tecnologia otimiza processos, aumentando a produtividade.
  • Personalização: Produtos customizados atendem de forma mais ágil às demandas específicas do mercado.
  • Ambientes de Trabalho Inovadores: A colaboração entre humanos e máquinas promove criatividade e aprendizado contínuo.
  • Sustentabilidade: Processos otimizados reduzem resíduos e fortalecem práticas conscientes.
  • Competitividade: Empresas que abraçam essa revolução destacam-se em um mercado em constante evolução.

Tendências Tecnológicas da Indústria 5.0

Para acompanhar a revolução da Indústria 5.0, as empresas precisam investir em tecnologias que reforcem a colaboração humano-tecnológica. Algumas das tendências incluem:

  • IoT (Internet das Coisas): Conecta dispositivos e permite monitoramento em tempo real.
  • Cibersegurança: Protege dados sensíveis em um mundo digitalizado.
  • Digital Twin: Simula produtos antes da produção, aumentando a eficiência.
  • Impressão 3D: Permite criação rápida e eficiente de modelos personalizados.
  • Big Data: Analisa grandes volumes de dados para identificar tendências e aprimorar processos.

Concluindo, a Indústria 5.0 representa uma evolução marcante na forma como trabalhamos e produzimos. Sua filosofia de colaboração entre humanos e máquinas, aliada a uma abordagem mais inclusiva e sustentável, define um novo padrão para o futuro dos negócios.

Empresas que se adaptam a esse novo modelo não apenas aumentam sua eficiência, mas também se tornam mais preparadas para os desafios do mercado global. O caminho está aberto para um futuro mais colaborativo, humano e inovador.

Adaptado de Portal Sankhya, Janeiro 2025