quinta-feira, 17 de maio de 2018

Tendências em gerenciamento de projetos para 2018


Todos os anos, ocorrem mudanças no ambiente de gerenciamento de projetos, pois essa não é uma área estagnada. Para 2018, o alcance das tendências de gerenciamento de projetos aumentou. Algumas das tendências que detectei para 2018 vão além do gerenciamento de projetos: envolvem mudanças em toda a organização. Está ocorrendo uma mudança de paradigma: Entrega de valor e Ágil são as maiores tendências para esse ano.

Vamos para algumas das tendências para 2018:

1. Realização de benefícios

Criar valor para o negócio. Segundo o PMI e outras entidades ligadas ao gerenciamento de projetos, a realização e o gerenciamento de benefícios agora é o principal objetivo de um projeto. Esta é uma grande mudança em relação à visão tradicional que se tinha até então, na qual o objetivo era simplesmente produzir e entregar um resultado.  Agora a necessidade é de valor, valor e mais valor para a organização.
Desse modo, estabelecer como acompanhar a geração de valor passa a ser uma das responsabilidades do gerente de projetos.

2. Ágil (Agile) além da TI

Várias organizações, além das ligadas à TI, começaram a adotar métodos ágeis, incluindo marketing, finanças e construção. Essa é uma tendência já detectada ano passado, mas o que estamos detectando agora  é o surgimento do negócio Ágil, uma nova maneira de fazer negócios que tende a se tornar uma filosofia organizacional.
Isso faz sentido: pesquisas mostram que os métodos Ágeis melhoram a comunicação, tornam as equipes mais adaptáveis à mudança e proporcionam retorno do investimento, especialmente para equipes de pequeno e médio porte. Pesquisa da Babson College mostra que, à medida que as empresas crescem, a idade média da força de trabalho cresce; inversamente, quanto menor a empresa, mais trabalhadores são mais jovens. Esses jovens são mais flexíveis em sua mentalidade sobre o trabalho e descobriram que os processos de negócios Agile os beneficiam mais do que os processos de trabalho tradicionais (veja item sobre os millennials, abaixo).
Além disso, há um influxo de ferramentas que facilitam o Agile. Por exemplo, a inteligência artificial e o gerenciamento de projetos estão criando uma simbiose onde as métricas (como nível de esforço, por exemplo) são automatizadas, e as decisões de gerenciamento de projetos, como qual tarefa atribuir a qual pessoa, serão feitas com maior objetividade.

3. Os gerentes de projetos do milênio vão estrear

Os millennials estão há algum tempo na força de trabalho, mas somente agora começam a atuar no gerenciamento de projetos.
Os millennials terão entre 14 e 36 anos em 2018 e somente agora começam a ter experiência de trabalho suficiente para serem gerentes de projeto qualificados (a idade média dos gerentes nos EUA é de 33 anos). À medida que  o número de millennials aumenta, eles agora têm a opção de aproveitar sua experiência e aplicá-la ao gerenciamento de projetos.
Observou-se que estes jovens têm ainda mais entusiasmo por Agile do que outras gerações. Como escreve Sharon Florentine, “Agile é a chave para ajudar a atrair e reter a próxima geração de engenheiros e desenvolvedores, porque os princípios da metodologia combinam com a motivação intrínseca dos millennials “.
Gallup descobriu que “Millennials não querem chefes – eles querem treinadores” e “Millennials não querem avaliações anuais – eles querem conversas em andamento”, como a igualdade de uma equipe Scrum e reuniões retrospectivas.
Universidade da Carolina do Norte também descobriu que, entre os millennials, “a flexibilidade é altamente avaliada” e que eles preferem um “fluxo de comunicação não estruturado” – essencial para a mentalidade ágil.
Ser ágil é intrinsecamente valioso para a geração do milênio. À medida que a sua representação na força de trabalho cresce, a popularidade também continuará.

4. A Combinação de Práticas de Gerenciamento de Projetos

Já não existe um modelo único. Algumas práticas tradicionais de gerenciamento de projetos podem estar desatualizadas. Os gerentes de projeto vão ter de aprender a serem flexíveis de modo a personalizar uma abordagem para cada cliente, empresa ou projeto específico. As práticas híbridas de gerenciamento de projetos incorporam as melhores ferramentas e técnicas de várias metodologias para planejar, gerenciar e executar projetos com sucesso. A agilidade muda as práticas tradicionais de entrega, e as organizações estão aprendendo que precisam misturar práticas e adequá-las a cada projeto para produzir resultados.
O uso de uma metodologia de gerenciamento de projetos única, aplicada em todos os projetos, atividades e processos de acompanhamento, mesmo que muitas atividades não sejam diretamente aplicáveis a um projeto específico, tende a ser substituído pelo uso de metodologias ou frameworks flexíveis, como Agile e Scrum.
Para se manter competitivas, as organizações devem mudar a forma como executam o gerenciamento de projetos. Quando a combinação de abordagens é bem sucedida as organizações passam menos tempo debatendo a abordagem e se concentram em obter resultados. A metodologia “correta” varia. A tendência é analisar os requisitos para cada projeto e selecionar o melhor método ou combinação de métodos para realizar o trabalho.

5. Gerentes de Projetos atuando em projetos ágeis

À medida que as organizações continuam adotando ágil, os gerentes de projetos estão evoluindo para atuar em ambientes de projetos com equipes ágeis.
Scrum Master é um dos papéis para nos quais os Gerentes de Projeto estão atuando, mas, em muitos casos, a necessidade de gerenciamento de projetos da organização excede o que a equipe ágil tradicional fornece. As atividades de gerenciamento de projetos relacionadas à aquisições, à comunicação com a alta administração e a produção de relatórios que vão além além de flip charts postados nas paredes, são necessidades que os GPs preenchem.
Portanto, há a necessidade de um gerente de projeto híbrido, que não é apenas especialista em um ciclo de vida de projeto tradicional, mas é bem versado em vários ciclos e competente para determinar o melhor para cada projeto.
Os gerentes de projetos devem preparar-se para servir como conselheiros e consultores no processo Agile. O papel híbrido Scrum Master / GP surge para atender as necessidades da equipe ágil, bem como a necessidade organizacional mais ampla, de uma perspectiva mais holística.

6. Investimento crescente em gerentes de projeto

O uso e a adaptação de diferentes técnicas torna necessário treinamento adequado para entender a disciplina de gerenciamento de projetos.  Cada vez mais as organizações que desejam atrair os melhores profissionais passarão a reconhecer a importância do gerenciamento de projetos e terão um programa de treinamento, providenciando uma carreira e estabelecendo processos e procedimentos de gerenciamento de projetos.
Gerentes de projetos com as habilidades necessárias e bem treinados estarão mais propensos a obter projetos bem-sucedidos. Com a capacidade dos gerentes de projetos de usar metodologias ou frameworks flexíveis, os gerentes do projeto podem atuar de acordo com o melhor modelo de negócios para o cliente. Além disso, os executivos devem passar a ter mais confiança nesses gerentes de projetos, permitindo que estes tomem decisões que anteriormente eram reservadas aos altos níveis de gerenciamento.

7. Ênfase em certificações vai continuar a crescer

De acordo com relatório da Pwc, gerentes de projetos certificados gerenciam 80% dos projetos bem-sucedidos. Infelizmente, somente um percentual de gerentes de projetos são certificados. Desse modo, a demanda por gerentes de projeto certificados tende a continuar.
Com a recuperação da economia, gerentes de projetos com habilidades diversificadas vão ser muito demandadas. Uma combinação de habilidades analíticas, estratégicas e de comunicação vão ser necessárias ao gerente de projetos. Se você quer ser um gerente de projetos bem-sucedido, você deve combinar habilidades técnicas e interpessoais.

8. Aumento da diversidade

É fato que as mulheres continuam a ser uma minoria no gerenciamento de projetos, porém está aumentando o número de mulheres liderando projetos. Na medida que vemos mais mulheres assumindo cargos executivos, estamos vendo o mesmo acontecer na gestão de projetos e a previsão é que isso se refletita na diminuição das diferenças salariais.
É interessante notar que até o momento não houve uma grande iniciativa relacionada à inclusão e diversidade no meio do gerenciamento de projetos, o que já ocorreu muitos outros setores de negócios, como marketing e TI. Isso tende a mudar. Grupos como Scrum.org adicionaram linguagem sobre inclusão e abertura em suas diretrizes e a Agile Alliance reescreveu seu Código de Conduta. Com iniciativas como essas a comunidade de gerenciamento de projetos se tornará progressivamente mais inclusiva.

9. Incremento na análise e medição de desempenho

A alta direção das organizações deseja ter acesso a Indicadores de Desempenho (KPIs) que vão além dos tradicionalmente associados ao sucesso dos projetos (prazo, custo, escopo e qualidade). Como vimos anteriormente, projetos necessitam gerar métricas de nível superior, relacionadas à geração de valor, lucro, receita, crescimento e outras, tais como utilização, percentual completo, valor acumulado, margem bruta, margem líquida, burnout, etc.
Segundo Kerzner, devemos assistir avanços nas técnicas de coleta e medição, visando abordar todas essas novas métricas que a gerência e as partes interessadas desejam exibir em painéis de desempenho. Portanto, o uso de painéis de indicadores deve aumentar à medida que o ano avança. Cada vez mais as ferramentas de gerenciamento de projetos estão disponibilizando funcionalidades para reunir e filtrar métricas. Essas ferramentas serão cada vez mais baseadas em nuvem para que esses dados sejam coletados em tempo real e reflitam com mais precisão o andamento dos projetos.
Além disso, devemos acompanhar um avanço na coleta e apresentação de lições aprendidas.

10. O Crescimento de Projetos de Inovação

Além de projetos destinados à manutenção dos negócios, as organizações devem buscar crescer através da inovação. As empresas que são bem-sucedidas na gestão dos projetos de inovação tendem a se tornar líderes de mercado no futuro. Haverá um crescimento significativo nas práticas de gerenciamento de projetos de inovação em 2018. Porém, o gerenciamento de projetos de inovação exigirá uma forma significativamente diferente de gerenciamento de projetos.

11. Inteligência Artificial

A IA irá adicionar produtividade aos projetos, pois ajuda a organizar o fluxo de trabalho, interage com os recursos e responde aos seus planos com sugestões para aumentar a eficiência do processo. O uso ferramentas online que não dependem de papel e centralizam dados facilmente acessíveis por todos vai racionalizar os projetos.
A Inteligência Artificial está chegando, e, ainda que seja uma promessa que não se realizou totalmente em nossa área, os gerentes de projetos devem ficar atentos para acompanhar seus avanços durante 2018, para que eles possam ser aplicados aos nossos projetos.

12. Aumento na Integração entre Gerenciamento de Mudanças e Gerenciamento de Projetos

Gerenciamento de mudanças e gerenciamento de projetos são disciplinas estreitamente relacionadas. Com a gestão de projetos evoluindo a cada dia, gerenciar a mudança se tornará uma habilidade muito procurada entre os gerentes de projetos. De fato, o sucesso dos gerentes de projetos dependerá de como eles lidam com a mudança.
Segundo a última pesquisa Prosci Benchmarking Report, 77% das organizações estudadas reconhecem o gerenciamento de mudanças como crítico no sucesso do projeto e relataram uma integração entre essas duas disciplinas.
As organizações têm levado o gerenciamento da mudança mais a sério e fornecido aos gerentes de projetos oportunidades e recursos para aprender sobre isso, incluindo mudanças na forma como os projetos são gerenciados e como fazê-lo sem grandes impactos na base de negócios.
O gerenciamento de mudanças envolve equipar e preparar indivíduos para as mudanças necessárias para um próximo projeto. As metodologias de gerenciamento de mudanças fornecem consistência e estrutura para um projeto, permitindo uma adaptação mais fácil às mudanças nos projetos.

13. O papel do patrocinador

Os patrocinadores são tradicionalmente vistos com externos ao projeto. Porém o patrocinador tem um papel importante na definição da proposta de valor para o projeto. Atualmente os patrocinadores e Product Owners passaram a ter uma percepção maior de seu papel nos projetos e de sua associação com o gerente do projeto e a equipe.

14. Aumento no número de Escritórios de Gerenciamento de Projetos

A importância crescente dos Escritórios de Gerenciamento de Projetos (PMO) está em ascensão. Segundo o relatório Pulso da Profissão 2017 do PMI,  a porcentagem de organizações com um PMO está em alta, de 61% em 2007 para 71% em 2017. Como o PMO é auxilia os projetos a atingirem seus objetivos, acredita-se que estes vão ganhar ainda mais impulso em 2018.
Uma das razões para um PMO é que este pode eliminar o fosso entre a visão estratégica de alto nível de uma organização e a implementação do projeto. De acordo com o relatório do PMI, a existência do Enterprise Project Management Office (EPMO) aumentou em 38% o atingimento de objetivos e reduziu as falhas em 33% . Razões bastante convincentes para reviver o seu PMO / EPMO existente ou criar um novo.

15. O Crescimento da Habilidade de Colaboração

Projetos em si são sociais. Pessoas são o bem mais importante que uma empresa possui. Deve haver uma interação e comunicação constante e contínua entre os grupos funcionais, o pessoal do projeto, a gerência executiva, os subcontratados e, o mais importante, o cliente, para ter um projeto bem sucedido. Grandes projetos necessitam uma cultura global de colaboração.
Fonte: PMTECH 

Relatório aponta que hospitais estão com sistemas expostos a hackers

Segundo estudo da Trend Micro, setor da saúde não tem atualizado seus padrões de segurança e colocando informações dos pacientes em risco.


Trend Micro, fornecedora de soluções de cibersegurança, realizou um estudo sobre a segurança da TI no setor de Saúde. Nomeado Securing Connected Hospitals e produzido em parceria com a Hitrust, o relatório explora o funcionamento dos dispositivos e sistemas médicos conectados à Internet, tais como bases de dados e consoles administrativos hospitalares, mostrando que hospitais ainda estão expostos.
A constatação é que as organizações hospitalares ainda se mostram desatualizadas quanto aos padrões de cibersegurança. O resultado disso é que ainda existem equipamentos que estão expostos na rede, de acordo com o mapeamento dos dispositivos expostos em hospitais e clínicas. Entre eles, está o sistema Digital Imaging and Communications in Medicine (DICOM) – ferramenta para digitalização de exames de imagens, como raio-x e ultrassom.
Segundo o estudo, há 20 países com maior número de DICOM expostos, com os Estados Unidos liderando de longe, com 428 equipamentos do tipo. A China e o Brasil completam o pódio, com 97 e 89 dispositivos expostos, respectivamente. Para se ter uma comparação, a Alemanha aparece em último, com apenas sete equipamentos expostos.
A Trend Micro esclarece que um sistema ou dispositivo esteja exposto não significa necessariamente que ele esteja vulnerável. Mas há o risco que exames possam estar disponíveis para visualização pública e possam cair nas mãos de cibercriminosos, o que não pode ocorrer, pois colocam em risco dados críticos, tais como informações pessoais dos pacientes e prontuários médicos.
A Trend Micro pontua as principais razões para a defasagem na cibersegurança no mercado de Saúde:
– Credenciais padrão: Apesar de requisitarem autenticação para acesso, a maioria dos dispositivos médicos estudados, podem ser explorados para que o atacante tenha sucesso em seu ataque. Foram encontrados sistemas com senha fraca ou usuários e senhas definidos pelo fabricante do equipamento e sistemas sem atualização;
– Política de cibersegurança: Os profissionais que acessam computadores hospitalares e equipamentos de diagnóstico (médicos, enfermeiros e técnicos), circulam regularmente pelo hospital. Isto dificulta a incorporação de políticas de cibersegurança e procedimentos de autenticação, especialmente se tais políticas atrapalharem as operações diárias;
– Custo de manutenção: Equipamentos de diagnóstico são extremamente caros e os hospitais não podem custear que eles fiquem offline por longos períodos para manutenção. Em alguns casos, modificar as configurações do dispositivo médico ou atualizar o sistema operacional, tornarão inválidas a certificação, a garantia e a cobertura do dispositivo, assim, os dispositivos médicos permanecem intocados;
– Atendimento exclusivo: Nem todos os hospitais têm uma equipe de cibersegurança exclusiva. Na maioria dos hospitais, a equipe de TI assume as duas tarefas: investigam e eliminam os incidentes de ciberataque, bem como fornecem serviços gerais de TI para o hospital. Este modelo tem a desvantagem da má distribuição de recursos para ambas funções.
Ciberataques na indústria healhtcare: vetores de ataques mais comuns (imagem: Trend Micro).
Ainda de acordo com o levantamento, existem três grandes áreas de interesse, consideradas valiosas, por parte dos cibercriminosos:
·         Operações hospitalares – Isto inclui ciberameaças contra sistemas críticos diários, tal como bases de dados da escala de trabalho da equipe, sistemas de pagers hospitalares, controles prediais, folha de pagamento, administração, etc;
·         Privacidade de dados – Ataques virtuais contra diferentes tipos de dados, tais como informações pessoalmente identificáveis, seja de pacientes ou funcionários do hospital, incluindo diagnóstico e dados de tratamento do paciente; informações financeiras e do seguro saúde; pesquisas e dados sobre teste de medicamentos;
·         Saúde do paciente – Abrange ciberameaças contra dispositivos e sistemas médicos que são usados para o tratamento, monitoramento e diagnóstico dos pacientes, bem como ciberameaças contra o sistema de informações do hospital (HIS).
Fonte: IPNEWS Mai 2018

Eleva cria superdrone a combustão


Os profissionais Celso Faria de Souza, Luciano Castro e Norberto Maraschin Filho, formados no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), criaram o superdrone Eleva Spray 150, que pesa 150kg e tem capacidade de estocar até 80L de insumo por operação de pulverização de lavouras.

  
 O Eleva Spray 150 pesa 150kg. Foto: Divulgação.
O equipamento tem desempenho para aplicação de, ao menos, 20 hectares por hora, durante as 24h do dia.

Os executivos responsáveis pela Eleva se conheceram no ITA em 1996. No entanto, se juntaram para criar a empresa apenas em 2016. Antes, Souza e Castro fundaram juntos a Enhanced Works, empresa com mais de 15 anos que fornece soluções de engenharia para o mercado aeronáutico e a indústria em geral.

Maraschin Filho integra a equipe da Positivo Tecnologia desde 2009, quando assumiu a gerência de Estratégia e Novos Negócios. 

No ano seguinte, coordenou as negociações para entrada da companhia nos mercados da Argentina e do Uruguai, com a criação da joint venture entre a Positivo Tecnologia e a BGH. Ele assumiu como CEO da Informática Fueguina, empresa resultante desse processo, com sede em Buenos Aires. Depois de três anos, foi repatriado para assumir a vice-presidência de Mobilidade e Negócios Internacionais.

Ao longo de sua carreira, Celso Faria de Souza atuou em empresas como SETE Linhas Aéreas, Aliança Aviação, Brasil Vida Táxi Aéreo, KI Avionics e NEO Táxi Aéreo. 
Castro entrou para a Força Aérea Brasileira e permaneceu até 2010. Entre os projetos dos quais foi líder está o T-27, no qual foi responsável por uma frota de mais de cem aviões. Também acumulou experiências na VLI Logística e na Capital51.

A iniciativa da Eleva tem seus esforços concentrados no Amazonas, já que o projeto Eleva Spray é financiado com verba de Pesquisa & Desenvolvimento na Zona Franca de Manaus e realizado em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT), sob a supervisão da Suframa. O grupo apresentou o projeto na Agrishow 2018.

“Interagimos com dezenas de potenciais investidores. Agora, após a feira, a Eleva se lança no mercado em busca de uma nova rodada de investimentos para conversão do protótipo num produto comercializável, para industrialização e comercialização do Eleva Spray, além de focar em buscar as certificações necessárias para operação, como de ANAC e ANATEL, por exemplo”, destaca o diretor-executivo da Eleva, Luciano Castro.

Com 5m de largura e barra de pulverização de 6m, o superdrone Eleva Spray 150 está em processo de desenvolvimento final para comercialização a partir de 2019 no Brasil e em mercados globais com características semelhantes às grandes áreas de produção rural, como os Estados Unidos, Argentina e Austrália. 

“Uma vantagem da Eleva é que a legislação brasileira para uso de VANTs é baseada na europeia, que é a mais restritiva mundialmente. Portanto, as certificações no Brasil vão garantir que o equipamento esteja preparado para passar nos testes no exterior também. Essa é a principal premissa para ganharmos escala com agilidade”, comenta Celso Faria de Souza, diretor técnico da Eleva.

O sistema é composto, basicamente, pelo VANT e estação de controle, a GS – Ground Station, além de pessoal técnico responsável pela operação em dois modos: pilotagem manual e automatizada. 

Entre os atributos que diferenciam o Eleva Spray 150 está a possibilidade de o equipamento ser utilizado à noite, quando algumas condições estão mais favoráveis à pulverização: maior umidade, menor temperatura, menos ventos e maior facilidade da planta em absorver os defensivos sistêmicos, entre outros.

Portal Baguete Mai 2018

Tecnologia trata resíduos industriais gerando energia renovável

Reator biológico tem bactérias que consomem poluentes ao respirar e podem transferir os elétrons gerados para fora da célula


 

Tecnologia recente e promissora permite a geração direta de eletricidade a partir de resíduos orgânicos, como efluentes industriais. Na imagem, experimento montado em laboratório na Columbia University, em Nova York – Foto: Arquivo pessoal via EACH
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Os tratamentos tradicionais dos efluentes de processos industriais, ou seja, dos resíduos líquidos resultantes, ocorrem principalmente por meio da remoção de poluentes para, em seguida, despejá-los em cursos d’água. A busca por alternativas mais sustentáveis que essa, lançando mão de avanços tecnológicos, é o foco do trabalho de Vitor Cano, doutorando da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP. Mais do que tratar os resíduos, sua pesquisa pretende obter energia a partir deles.


Seu trabalho – desenvolvido em parte na Columbia University, em Nova York, Estados Unidos – é voltado para a concepção e operação de um sistema bioeletroquímico denominado Célula a Combustível Microbiana (CCM), conhecida na literatura internacional como microbial fuel cell.

Basicamente, trata-se de um reator biológico composto de bactérias capazes de consumir a matéria orgânica em sua respiração, mas com a diferença de que elas podem transferir os elétrons gerados no processo para fora da célula. Dessa forma, é possível capturar esses elétrons em um eletrodo, gerando assim uma corrente elétrica.
Em outras palavras, é possível tratar efluentes industriais e, em vez de gastar energia, gerar eletricidade.”
“É uma tecnologia muito recente e promissora, pois permite a geração direta de eletricidade a partir de resíduos orgânicos, como efluentes industriais. Em outras palavras, é possível tratar efluentes industriais e, em vez de gastar energia, gerar eletricidade”, explica o estudante da pós-graduação em Sustentabilidade da EACH, que está no Departamento de Engenharia Ambiental da universidade norte-americana desde outubro de 2017, no grupo de pesquisa coordenado pelo professor Kartik Chandran.
O problema do nitrogênio

Segundo Vitor Cano, a etapa da pesquisa que ele realiza na Columbia University busca aprimorar ainda mais as possibilidades dessa tecnologia. “Estou adaptando a célula a combustível microbiana para usar não apenas a matéria orgânica como combustível, mas também o nitrogênio presente nas águas residuárias. Com isso, reduzimos a carga orgânica dos efluentes industriais e possibilitamos um novo método para o tratamento em termos de carga de nitrogênio, com a vantagem de gerar energia renovável.”

Vitor Cano, que desde outubro de 2017 realiza o doutorado sanduíche em instituição de ensino norte-americana – Foto: Arquivo pessoal via EACH
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Assim, além de ser uma tecnologia promissora no tratamento de águas residuárias, protegendo a qualidade das águas superficiais e subterrâneas, o processo permitirá também o tratamento de águas residuárias com alta carga de nitrogênio, como lixiviados de aterro sanitário e efluentes industriais e agroindustriais. Mais a vantagem – nada desprezível – de se gerar energia ao final.


O pesquisador lembra que, atualmente, todos os processos conhecidos para o tratamento ou recuperação de nitrogênio apresentam um custo energético considerável, e por isso avalia a aplicação de um protótipo inovador de célula a combustível microbiana (CCM), concebido no laboratório de saneamento da EACH com materiais de baixo custo, para geração de energia utilizando a matéria orgânica e nitrogênio como combustíveis.  “Eu trouxe praticamente todo o meu experimento comigo, o que inclui reatores biológicos e um sistema eletrônico de monitoramento on-line. Por conta da complexidade do experimento, a instalação em um novo ambiente foi um grande desafio para mim”, destaca ele. O aluno é orientando do professor Marcelo Antunes Nolasco e integra o Grupo de Estudo e Pesquisa em Água, Saneamento e Sustentabilidade, coordenado pelo mesmo professor na EACH. A construção dos reatores biológicos do projeto teve grande apoio técnico do especialista Kelliton Francisco, que trabalha no grupo de pesquisa do professor Nolasco.
Os resultados preliminares obtidos no Brasil demonstram a capacidade de tratamento e geração de energia do sistema. Os estudos realizados nos Estados Unidos ainda são muito preliminares, mas indicam a confirmação da possibilidade de utilização do nitrogênio como combustível na CCM. “No momento a CCM apresenta-se em fase de adaptação, com aumento contínuo da geração de corrente elétrica, o que pode estar associado ao desenvolvimento de uma comunidade microbiana eletrogênica capaz de utilizar o nitrogênio como fonte de energia”, avalia o cientista.

Foto: Arquivo pessoal via EACH
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Vitor Cano retornará à EACH para executar a última fase experimental do projeto, na qual serão explorados outros processos bioeletroquímicos da célula a combustível microbiana. “Espero ampliar as possibilidades de aplicação da tecnologia, tornando-a mais versátil e, portanto, viável em escala real para diferentes contextos e objetivos.”

Fonte: Portal USP, MAI 2018