quinta-feira, 17 de maio de 2018

Eleva cria superdrone a combustão


Os profissionais Celso Faria de Souza, Luciano Castro e Norberto Maraschin Filho, formados no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), criaram o superdrone Eleva Spray 150, que pesa 150kg e tem capacidade de estocar até 80L de insumo por operação de pulverização de lavouras.

  
 O Eleva Spray 150 pesa 150kg. Foto: Divulgação.
O equipamento tem desempenho para aplicação de, ao menos, 20 hectares por hora, durante as 24h do dia.

Os executivos responsáveis pela Eleva se conheceram no ITA em 1996. No entanto, se juntaram para criar a empresa apenas em 2016. Antes, Souza e Castro fundaram juntos a Enhanced Works, empresa com mais de 15 anos que fornece soluções de engenharia para o mercado aeronáutico e a indústria em geral.

Maraschin Filho integra a equipe da Positivo Tecnologia desde 2009, quando assumiu a gerência de Estratégia e Novos Negócios. 

No ano seguinte, coordenou as negociações para entrada da companhia nos mercados da Argentina e do Uruguai, com a criação da joint venture entre a Positivo Tecnologia e a BGH. Ele assumiu como CEO da Informática Fueguina, empresa resultante desse processo, com sede em Buenos Aires. Depois de três anos, foi repatriado para assumir a vice-presidência de Mobilidade e Negócios Internacionais.

Ao longo de sua carreira, Celso Faria de Souza atuou em empresas como SETE Linhas Aéreas, Aliança Aviação, Brasil Vida Táxi Aéreo, KI Avionics e NEO Táxi Aéreo. 
Castro entrou para a Força Aérea Brasileira e permaneceu até 2010. Entre os projetos dos quais foi líder está o T-27, no qual foi responsável por uma frota de mais de cem aviões. Também acumulou experiências na VLI Logística e na Capital51.

A iniciativa da Eleva tem seus esforços concentrados no Amazonas, já que o projeto Eleva Spray é financiado com verba de Pesquisa & Desenvolvimento na Zona Franca de Manaus e realizado em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT), sob a supervisão da Suframa. O grupo apresentou o projeto na Agrishow 2018.

“Interagimos com dezenas de potenciais investidores. Agora, após a feira, a Eleva se lança no mercado em busca de uma nova rodada de investimentos para conversão do protótipo num produto comercializável, para industrialização e comercialização do Eleva Spray, além de focar em buscar as certificações necessárias para operação, como de ANAC e ANATEL, por exemplo”, destaca o diretor-executivo da Eleva, Luciano Castro.

Com 5m de largura e barra de pulverização de 6m, o superdrone Eleva Spray 150 está em processo de desenvolvimento final para comercialização a partir de 2019 no Brasil e em mercados globais com características semelhantes às grandes áreas de produção rural, como os Estados Unidos, Argentina e Austrália. 

“Uma vantagem da Eleva é que a legislação brasileira para uso de VANTs é baseada na europeia, que é a mais restritiva mundialmente. Portanto, as certificações no Brasil vão garantir que o equipamento esteja preparado para passar nos testes no exterior também. Essa é a principal premissa para ganharmos escala com agilidade”, comenta Celso Faria de Souza, diretor técnico da Eleva.

O sistema é composto, basicamente, pelo VANT e estação de controle, a GS – Ground Station, além de pessoal técnico responsável pela operação em dois modos: pilotagem manual e automatizada. 

Entre os atributos que diferenciam o Eleva Spray 150 está a possibilidade de o equipamento ser utilizado à noite, quando algumas condições estão mais favoráveis à pulverização: maior umidade, menor temperatura, menos ventos e maior facilidade da planta em absorver os defensivos sistêmicos, entre outros.

Portal Baguete Mai 2018

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