A partir de pesquisas realizadas em vários países, segue um resumo do que a Accenture aponta como tendências na área de Gestão nas Organizações para os próximos anos.
1. Big Data
Big Data é um conjunto de dados muito grandes ou complexos que os aplicativos de processamento de dados tradicionais ainda não conseguem lidar. Os desafios desta área incluem: análise, captura, curadoria de dados, pesquisa, compartilhamento, armazenamento, transferência, visualização e informações sobre privacidade dos dados, os quais impactam diretamente o negócio de forma estruturada ou não.
Um bom domínio da Big Data garante uma análise preditiva mais acurada e precisa, que leva à tomada de decisões com mais confiança. Além disso, melhores decisões podem significar maior eficiência operacional, redução de risco e redução de custos.
A tendência é que, em 2017, o uso desses dados seja ainda mais presente nas organizações, que podem se aproveitar das informações levantadas para planejar estratégias e, consequentemente, crescer e vender mais.
2. Experiência social
Em 2017, haverá um aumento acentuado do interesse pela ética digital e uma ampliação do debate sobre o capitalismo consciente. As organizações, que já possuem foco na experiência do cliente e dos seus colaboradores, devem se dedicar também à experiência social. Isso significa levar em consideração o impacto que suas ações terão na sociedade e no meio ambiente, onde haverá custos ocultos e onde estarão mais expostas.
3. Pensar além do serviço ou produto
Com clientes e consumidores mais sofisticados, apenas o serviço ou os produtos oferecidos não são diferenciais de venda.
As marcas crescerão se trabalharem mais para demonstrar a clara diferença que podem fazer na sociedade. Mais do que experiência é preciso cultivar relacionamentos significativos com as partes interessadas.
Se uma organização não tiver um propósito maior do que o crescimento econômico, correrá o risco de ter valores que não ressoarão nas pessoas. No entanto, se o propósito é compartilhado com seu público e sua essência é clara, a geração de vínculo está garantida.
4. Inovação colaborativa
O maior desafio das organizações é se adaptar às inovações com agilidade. A solução é dar voz às partes interessadas e trazer inovação dirigida pelo usuário para o mercado, rápido.
As organizações terão de centrar seus esforços nas pessoas. A partir delas, a transformação ocorrerá. Será preciso, primeiro, inspirar pessoas/líderes/funcionários para criar, depois, um ambiente amigável às inovações e propenso a elas.
Coloque os usuários no centro do palco. Permita que os funcionários ajudem a definir o futuro da sua organização. Invista tempo e recursos em equipes de treinamento para desenvolver novas habilidades multidisciplinares. Incorpore equipes multifuncionais para sustentar a inovação.
5. Experiências virtuais
Realidade virtual e realidade aumentada se tornaram assuntos mais frequentes em 2016 e continuarão a ter espaço em 2017. Além disso, veio a realidade mista. O jogo Pokémon GO, por exemplo, foi um exemplo das realidades misturadas levadas a um mercado amplo. Esta iniciativa combinou realidade virtual e a “vida real” em uma única experiência. A tendência é que as marcas e empresas trabalhem mais com essa fronteira que mistura realidade virtual e real em seus serviços e experiências.
A empresa de e-commerce Alibaba Express, da China, uma das maiores do mundo, acaba de lançar uma experiência de compras virtual que permite adquirir produtos na loja de departamentos de Nova York Macy's, a milhares de quilômetros de distância.
6. Inteligência Artificial
A Inteligência Artificial (IA) está amadurecendo como ideia, embora ainda não seja uma realidade. Contudo, está evoluindo exponencialmente, como visto em chat bots (robôs de mensagem on-line), assistentes pessoais (Siri e Google Assistent) e outros programas de mensagens instantâneas. Em 2017, a IA continuará no foco de empresas e seus projetos, que precisarão torná-la mais emocionalmente inteligente e com mais capacidade de aprendizado - o que pavimentará o caminho para a nova geração de serviços digitais.
7. Storydoing ao invés de Storytelling
Em 2017, as organizações continuarão a contar histórias - focando no que elas estão fazendo, não apenas “no que estão dizendo” - o storydoing. Além disso, marcas terão de dar mais espaço para que os próprios consumidores contem as suas histórias, à sua maneira.
Para ir além de uma estratégia de marketing de conteúdo centrada na sua marca, concentre-se nas pessoas, dando ao seu público as rédeas para moldar e participar de suas próprias histórias. Desafie seu departamento de marketing a ser orquestrador, não criador dessas histórias.
8. Geração Z no mercado de trabalho
Chegou a hora de aprender a trabalhar com a geração Z, também conhecida como Millenium ou nativos digitais. É formada por jovens que nasceram a partir da metade da década de 90 até o ano de 2010.
O número da geração Z no mercado deve crescer muito em 2017 e as empresas devem saber como tratá-los, pois são pessoas que já nasceram em um mundo extremamente tecnológico e conectado, os quais, certamente, teriam muita dificuldade em trabalhar em uma organização com pensamento retrógrado e processos analógicos.
10. Home office
Com o advento da internet e do modelo empresarial de startups, cada vez mais as pessoas encontram formas de ganhar a vida por conta própria, muitas vezes, de maneira on-line. A liberdade de poder escolher como, onde e em que horário trabalhar dá o tom do futuro nas empresas. “A gente pode traduzir essa tendência como flexibilidade”, diz Mariane Guerra, VP de recursos humanos de ADP do Brasil. Entre os brasileiros, 77% querem ter controle e flexibilidade para trabalhar onde e do jeito que desejarem.
11. Educação corporativa a distância
A pesquisa O Futuro do Trabalho indica que 75% dos brasileiros entrevistados acham provável a adoção da tecnologia como o principal instrumento de aprendizado e registro de novos conhecimentos no meio corporativo.
As pessoas querem ter acesso ao aprendizado on-line e isso revoluciona a maneira como as empresas organizam seus treinamentos. A sofisticação das ferramentas de EAD tem paulatinamente enfraquecido resistências e essa modalidade de estudo, ano a ano, registra aumento no número de adeptos.
12. Autogestão
Mais uma tendência que aponta para o protagonismo do profissional no trabalho e para o avanço da tecnologia. Não há mais espaço para pegar na mão do funcionário e controlar sua produtividade. A administração do desempenho da equipe deixará de ser restrita aos gestores, o que deve redefinir a relação de trabalho entre superiores e subordinados. O mundo caminha para que as estruturas sejam menos hierarquizadas e mais colaborativas. Autogestão não significa que não haverá mecanismo de controle de desempenho. A tendência é que feedback e reconhecimento ganhem dinamismo e sejam feitos em tempo real.
Fonte: Accenture
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