Após três anos do lançamento da matriz de responsabilidades, apenas três das 82 obras de mobilidade urbana, portos e aeroportos prometidas para a Copa do Mundo de 2014 estão dentro do cronograma e do orçamento original. O levantamento é da edição deste domingo do jornal O Estado de S. Paulo, que contabiliza 21 empreendimentos retirados do compromisso, 25 com o orçamento alterado e 33 com ao menos uma mudança no prazo de conclusão. Ao longo deste período, outras 28 obras de mobilidade urbana foram incluídas na previsão e somente sete delas chegaram a ser entregues até o momento.
A reportagem destaca que, na cerimônia de assinatura da matriz, a presidente Dilma Roussef, à época ministra da Casa Civil, considerou os projetos "realistas" e "posíveis de serem concluídos no prazo determinado, para um legado permanente". O cronograma previa 37 obras já entregues em janeiro de 2011, mas apenas duas foram concluídas. Pelo estabelecido em 2010, apenas uma das 61 obras seria entregue em 2014, pouco antes do evento. Agora, já são 23. Todas as obras que estão dentro do cronograma ou que já foram entregues são relacionadas aos aeroportos, como a terraplenagem da área onde será construído o terminal 3 do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP). O planejamento inicial para as 82 obras previa orçamento de R$ 17,89 bilhões. Agora, a estimativa para as 61 obras da matriz original mais as 28 incluídas (89 no total) é de R$ 16 bilhões. A razão, de acordo com o jornal, é que intervenções de maior impacto foram substituídas por outras mais modestas e em alguns casos a obra será entregue de forma parcial. A Secretaria de Comunicação da Presidência da República afirmou, em nota, que as mudanças "são decorrentes da dinâmica do processo federativo e de outros fatores externos ao setor público, e não podem ser vistos como sinal de inadequação do planejamento inicial".
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