Fonte: Agência Reuters em 24/02/2014.
A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira
que acredita na conclusão das obras de aeroportos a tempo para a Copa do
Mundo, apesar dos atrasos, e rejeitou críticas aos chamados
"puxadinhos" erguidos para receber os passageiros em terminais que não
ficarão prontos para o Mundial.
O atraso nas obras de aeroportos reflete uma situação geral de descumprimento de prazos nos preparativos do país para receber a Copa, o que inclui estádios ainda sem concluir a quatro meses do início da competição, projetos de mobilidade urbana abandonados e a construção de instalação temporária em ao menos um aeroporto de cidade-sede do Mundial para suprir a demanda.
"Eu não acredito que as obras não ficarão prontas para a
Copa do Mundo. Tem muita obra ficando pronta para a Copa do Mundo",
disse Dilma a jornalistas em Bruxelas, onde participou nesta segunda de
uma cúpula Brasil-União Europeia.
"Os aeroportos de Galeão e de Confins não têm grandes
alterações a fazer para a Copa. As alterações que vão ser feitas em
Confins (MG) e no Galeão (RJ) são para nós, ocorrerão para nós. Todas as
obras previstas de modificação de aeroporto para Galeão e Confins foram
feitas, as outras dizem respeito ao aumento de demanda natural nossa,
que nada tem a ver com a Copa", acrescentou.
Apesar do otimismo de Dilma sobre as obras no aeroporto internacional do Rio de Janeiro, o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, reconheceu na semana passada após visitar o local que alas de embarque e desembarque do terminal 1 vão continuar em obras mesmo depois do Mundial.
Apesar do otimismo de Dilma sobre as obras no aeroporto internacional do Rio de Janeiro, o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, reconheceu na semana passada após visitar o local que alas de embarque e desembarque do terminal 1 vão continuar em obras mesmo depois do Mundial.
Em Confins, segundo a Infraero, somente 41 por cento dos
trabalhos previstos para o aeroporto estavam concluídos até dezembro de
2013. Os dois aeroportos, que foram leiloados pelo governo à iniciativa
privada em novembro de 2013, só devem passar para as mãos dos
consórcios vencedores depois do Mundial, que vai de 12 de junho a 13 de
julho.
Os torcedores que chegarem para as seis partidas da Copa
que serão disputadas em Fortaleza, incluindo uma das quartas de final,
serão conduzidos para uma estrutura provisória de lona devido aos
atrasos nas obras do aeroporto. O prazo final para a conclusão de um
novo terminal local foi estendido para 2017.
Atrasos nos aeroportos de Salvador e Cuiabá também forçam autoridades a considerar planos alternativos. Dilma, no entanto, defendeu a construção das estruturas temporárias.
Atrasos nos aeroportos de Salvador e Cuiabá também forçam autoridades a considerar planos alternativos. Dilma, no entanto, defendeu a construção das estruturas temporárias.
"Não são 'puxadinhos', não senhor", disse Dilma, em
resposta ao ser questionada sobre essas estruturas. "Se fossem
puxadinhos seriam bem baratinhos, e não é baratinho... Alguns deles têm
durabilidade até para além da Copa, a maioria."
No caso dos três maiores aeroportos que já estão sob
administração privada como parte do programa de concessões do governo
--Guarulhos e Viracopos em São Paulo e o aeroporto de Brasília--, Dilma
fez elogios aos trabalhos feitos até o momento.
"Muitas obras vão ficar prontas para além da necessidade
da Copa. Estou perfeitamente satisfeita", disse a presidente, que
também participou na Bélgica de um encontro com empresários europeus.
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