Em notícia veiculada no Jornal Folha de São Paulo, ao final do mês de julho de 2012, o presidente da Vale informa que as metas de produção de níquel não serão cumpridas esse ano.
A baixa performance dos minerais não metálicos, em que o produto se
inclui, foi um dos motivos apontados para o lucro 48,3% menor do que há
um ano, de R$ 5,3 bilhões.
Relatando problemas em dois dos seus principais projetos de níquel, em
Nova Caledônia e no Pará, a Vale terá que adiar por mais tempo os planos
de ser a número um no segmento, que apresentou baixa performance no
segundo trimestre deste ano.
A receita com níquel caiu 23,4% de um ano para outro no segundo
trimestre. A Vale previa atingir a meta de 300 mil toneladas de níquel
em 2012.
Peter Poppinga, diretor executivo de metais básicos e TI da Vale,
admitiu em teleconferência esta manhã que não será possível atingir o
volume programado e nem se tornar a líder mundial em níquel no ano que
vem, com era imaginado.
Na unidade de níquel de de Nova Caledônia houve um vazamento de ácido
súlfurico que levou à parada de produção. O diretor estima que a planta
voltará a operar apenas no quarto trimestre deste ano.
Já a produção em Onça Puma foi interrompida pelo vazamento em dois
fornos, de causa ainda sendo investigada, e seu retorno ainda não tem
data prevista.
Problemas ambientais também prejudicam a operação de níquel da Vale no
Pará, após o Ministério Público Federal pedir a suspensão das atividades
da empresa por não reduzir os impactos que a mineração de níquel trouxe
para os índios da região.
De acordo com Poppinga, se tornar a número 1 em níquel vai depender do andamento desses projetos.
"Sem dúvida os metais básicos estão passando por um processo desafiador
no curto prazo, não só pelo preço como o fraco desempenho desses dois
projetos", explicou Poppinga.
O presidente da Vale, Murilo Ferreira, também comentou sobre o segmento,
afirmando que os projetos de níquel e cobre, também não metálico,
poderiam ter contribúído mais para o resultado da empresa.
"Nao queremos esconder, deixar de discutir isso com vocês, investidores", disse Ferreira durante a teleconferência esta manhã.
"Não estamos falando nesse momento de desinvestimento, mas vamos
construir um cenário para que nossos acionistas tomem conhecimento,
estamos iniciando o trabalho", disse sobre a reavalização de projetos da
mineradora que será feita até o final do ano.
Segundo a companhia, as perspectivas para os metais não ferrosos no
curto prazo "é desafiador", mas no médio e longo prazos existem boas
perspectivas.
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