segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Empresa investirá US$ 45 bi no país em 2012




A Petrobras investirá US$ 45 bilhões neste ano, afirmou hoje presidente da estatal, Maria das Graças Foster. Se confirmada, a cifra irá superar os R$ 40 bilhões alocados pela companhia em 2011.

Segundo ela, “a realização [do programa de investimento para 2012] está altíssima”, com grande “progresso físico” de obras e projetos, mas sempre com “disciplina de capital”.

O plano de negócios da estatal para o período 2012-2016 prevê investimentos de US$ 236,5 bilhões.
Para Graça Foster, um dos desafios para implementar o plano é o desenvolvimento de uma cadeia de fornecedores locais. Ela disse que, desde 2003, quando a estatal implementou um programa de exigência de conteúdo local mínimo em suas encomendas, já houve avanço, mas é possível fazer mais.

“O que eu quero saber é o que não pode ser feito [ainda no Brasil]. É fundamental a busca por inovação”, disse.

Segundo a presidente, o conteúdo local nas contratações da companhia subiram de 40% a 55% (dependendo do tipo de bens e serviços) em 2003 para 65% atualmente na área de exploração e produção. Nesse intervalo, o percentual avançou de 82% para 92% na área de refino da estatal. Na de gás e energia, subiu de 70% para 90%.

Graça participou do lançamento do “Inova Petro”, programa em parceria com BNDES e Finep (agência federal de fomento à inovação) para financiar inovações e novas tecnologias e apoiar empresas fornecedoras do pré-sal.

Conforme a Folha de S.Paulo antecipou na semana passada, o BNDES e a Finep aportarão os recursos (R$ 1,5 bilhão cada uma) e a Petrobras participará da escolha de projetos e empresas a serem beneficiados. O programa vai até 2016.

Do total dos recursos, R$ 150 milhões serão subvencionados (empréstimos a fundo perdido) e destinados a “projetos de alto risco”, segundo o presidente da Finep, Glauco Arbix.

O programa só vai financiar inovações genuinamente brasileiras, diz, e de empresas constituídas no país. Não será aceita a “tropicalização” de projetos já desenvolvidos por matrizes de multinacionais e adaptados ao pré-sal.

Um dos objetivos do programa é criar uma grande empresa nacional de fornecimento de bens e serviços no setor de petróleo, como a francesa Schlumberger e a norte-americana Baker Hughes.

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou que o banco poderá, quando necessário, injetar capital em companhias do setor por meio de compra de participação acionária, a fim de fortalecer as firmas com projetos importantes de desenvolvimento tecnológico na cadeia de petróleo.

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