Segundo a executiva, há uma expectativa “bastante ousada” de que
projetos submarinos no pré-sal sejam até 30% mais baratos no futuro
Petrobras: a
gerente-executiva de Sistemas Submarinos acredita que seja possível envolver
mais os fornecedores de bens e serviços (Dado Galdieri/Bloomberg)
Rio de
Janeiro – A Petrobras identificou
potencial para redução de investimentos em sistemas submarinos do pré-sal a partir
de possíveis mudanças no modelo de relacionamento e contratação com
fornecedores, disse nesta quarta-feira a gerente-executiva de Sistemas
Submarinos da petroleira estatal, Cristina Pinho.
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Cristina acredita que seja
possível envolver mais os fornecedores de bens e serviços, até que eles possam
participar desde a fase de elaboração conceitual de projetos até a instalação
de equipamentos.
“A gente quer conversar com eles
(fornecedores) desde o início. Isso é uma coisa que a indústria vem nos pedindo
para participar há muitos anos e a gente nunca teve a oportunidade de fazer
isso”, afirmou Cristina, após apresentar uma palestra em um evento de petróleo
no Copacabana Palace.
Segundo a executiva, há uma
expectativa “bastante ousada” de que projetos submarinos no pré-sal sejam até
30 por cento mais baratos no futuro, quando for possível adotar o modelo em
toda a vida do projeto, desde o início.
A redução dos gastos com o
projeto seria a partir de redução de custos em inspeções, especificações
técnicas, manutenção, instalações, dentre outros.
Para a executiva, a redução de 30
por cento “não é impossível”.
“Hoje só de a gente trabalhar
fazendo modificações nos nossos arranjos submarinhos para alguns projetos
(submarinos no pré-sal), a gente calcula um potencial de redução que é metade
disso”, disse Cristina.
O novo modelo deverá ser aplicado
de forma completa, pela primeira vez, para o projeto submarino da quarta
plataforma que será instalada na área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos,
após 2021.
“Libra 4 é a oportunidade que nós
temos de engajar nossos parceiros de suprimento de bens e serviços de uma forma
diferente, desde o início”, disse.
O novo modelo está sendo estudado
em parceria com fornecedores, em workshops promovidos pela petroleira e pela
indústria de petróleo.
Cristina destacou que a Petrobras tem uma boa
indústria nacional de equipamentos submarinos e a empresa não depende de
mudanças nas regras de conteúdo local para conseguir reduzir custos.
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